quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Há cem anos, nascia o mito da dança e do cinema Gene Kelly

Eternizado em clássicos como "Cantando na Chuva", bailarino, ator e diretor morreu em 1996 aos 83 anos


Nesta quinta-feira, 23 de agosto, Gene Kelly estaria completando 100 anos. Morto aos 83, em 2 de fevereiro de 1996, enquanto dormia em sua casa, em Los Angeles, Kelly deixou um legado difícil de apagar – evocado pela sua imagem cantando e dançando molhado no clássico Cantando na Chuva (1951).
Para marcar a data, ZH recupera texto do jornalista Roger Lerina publicado em 4 de fevereiro daquele ano. Para completar, reunimos aqui vídeos de momentos importantes da carreira de Kelly, um mito do cinema, dos musicais e da dança.

Gene Kelly era o operário da dança

Por Roger Lerina

 

"Quando dançava, Fred Astaire representava a aristocracia. Gene Kelly era o proletariado. A comparação é do próprio Gene Kelly, que morreu sexta-feira em Los Angeles aos 83 anos. As definições expressam a complementaridade dos trabalhos dos dois maiores bailarinos que o cinema já conheceu. Ambos vieram do sapateado e do vaudeville, dançaram em clubes e montaram seus próprios shows, mas um pequeno fato talvez explique a diferença entre Fred Astaire e Gene Kelly. Fred começou dançando com sua irmã Adele, enquanto Gene tinha como parceiro seu irmão.

Assim, Fred Astaire desenvolveu um estilo refinado, sofisticado, misturando o sapateado a danças de salão e ao balé, enquanto Gene Kelly aperfeiçoou uma técnica mais viril, atlética, privilegiando o sapateado mais popular. Gene não teve uma Ginger Rogers, mudando de parceiras a cada filme: Rita Hayworth em Modelos, Leslie Caron em Sinfonia de Paris, Debbie Reynolds em Cantando na Chuva, Cyd Charisse em Dançando nas Nuvens.

Gene Kelly estreou no cinema pelas mãos de Busby Berkeley, então o mais festejado diretor de musicais, no filme For Me and My Gal (1942). Com Modelos (1944), Gene debutou como coreógrafo. Alcançou o sucesso com Marujos do Amor (1945), ao lado de Frank Sinatra, e Ziegfeld Follies (1946), em que divide a cena com Judy Garland e Fred Astaire. Em Um Dia em Nova Iorque (1949), novamente com Sinatra, Gene lança-se também à direção. A consagração chega com Sinfonia de Paris (1951), de Vincente Minnelli, filme que lhe deu um Oscar especial pela coreografia.

Cantando na Chuva consolida seu talento como diretor, exercitado ainda em filmes como Dançando nas Nuvens (1955), Gigot (1962), Diário de um Homem Casado (1967), Alô, Dolly (1968) e Isto Também Era Hollywood (1976). Sua última aparição no cinema foi em Xanadu (1980), em que aparecia dançando sobre patins, aos 78 anos.


Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2012/08/ha-cem-anos-nascia-o-mito-da-danca-e-do-cinema-gene-kelly-3861647.html

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